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sexta-feira, 16 de agosto de 2024

A Geração que Desvanece: Reflexões sobre Valores e Princípios.


Queridos amigos,

Vivemos tempos de metamorfose, onde uma geração forte e resiliente, cujas mãos moldaram os alicerces da sociedade, está aos poucos se despedindo. 

Essa geração, com mãos calejadas pelas dificuldades, ensinou-nos princípios e valores que são a base de uma vida digna e plena. Respeito, amor e integridade foram os pilares que sustentaram suas vidas e que, com sabedoria, transmitiram aos seus filhos.

Eles nos mostraram que a verdadeira felicidade não está nos avanços tecnológicos, mas nas pequenas coisas da vida. 

Nas brincadeiras ao ar livre, nas conversas ao redor da mesa e na simplicidade de um abraço sincero. Esta geração viveu em um tempo onde a gratidão, a família e a honestidade eram valores inegociáveis.

Contudo, o mundo mudou. A modernidade trouxe consigo o “jeitinho brasileiro”,  e a busca incessante por atalhos, muitas vezes em detrimento dos princípios que nos foram ensinados, um código de conduta que muitas vezes subverte os princípios. 

A falta de ensinamentos desde a infância resulta em adultos que desconhecem o valor do respeito e da empatia. Pessoas oportunistas, que agem sem caráter e respeito, são frutos dessa ausência de valores fundamentais. Como dizia minha mãe, “Se não pode ajudar, não atrapalhe”. Este simples ensinamento carrega uma sabedoria profunda: o respeito deve ser a base de todas as nossas ações.

Na era da superficialidade, os sorrisos se multiplicam como moedas de troca. As pessoas sorriem para se encaixar, para ganhar seguidores, para conquistar posições. 

Mas, ao observarmos com atenção, percebemos que nem todos esses sorrisos alcançam os olhos. São sorrisos de plástico, como embalagens vazias de felicidade.

Imagine um cenário: uma sala de reuniões corporativas. Todos sorriem, mas não por genuína alegria. É um jogo de aparências, onde a competição é disfarçada de camaradagem. As palavras são doces, mas os olhares são afiados como lâminas. A inveja, essa sombra silenciosa, paira sobre as cadeiras estofadas. 

Cada um quer a posição do outro, e a falsidade, essa sombra que se esconde atrás das selfies,  é o verniz que cobre a ambição, como um vírus invisível, se infiltra nas entrelinhas dos discursos.

A inveja, não se contenta em apenas desejar o que o outro tem; ela busca minar, sabotar. O falso colega de trabalho que sorri para você, secretamente deseja que seus projetos fracassem. É como a vizinha que elogia sua nova conquista, na verdade, sente um aperto no peito. A inveja é a antítese do respeito e da empatia.

E como isso se reflete no caráter? Quando os pais ensinam valores e respeitar o próximo, a valorizar a honestidade e a integridade, desde a infância, estão criando escudo contra a inveja, e está plantando sementes que moldarão adultos melhores. 

Ele nos impede de ceder à falsidade, de sucumbir à inveja. Um caráter sólido não se deixa corromper pelas aparências. Ele não busca atalhos, mas trilha o caminho da integridade. E, quando adultos, esses indivíduos se tornam faróis de luz.

Portanto,  que possamos sorrir com a autenticidade de quem conhece a própria essência. Que possamos ensinar aos nossos filhos não apenas a buscar posições, mas a construir caráter. E que, ao despedir-nos da geração que desvanece, honremos seus ensinamentos, perpetuando valores que transcendem

Com gratidão e esperança,

Roberto Ikeda

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